Thursday, July 15, 2004

...

Um poema assim
sem título
um poro na pele marítima
que a gente olha da janela do avião
uma fresta de sol no seu dia escuro
Meu amor!
um sopro, uma nova vida
um ovo
Para onde vão essas pessoas
que caminham na rua?
Mundo sem título
sem legenda
Caco de vidro colorido no muro
onde os gatos vem gemer
seu amor vagabundo
Partem-se maçãs ao meio
Divida a dívida
Dessa sua tristeza
me olha de novo
e pergunta o porque das coisas
serem quadradas e redondas
Adorna a minha sensualidade
Com teus lábios de
Criatura
Olha o raio de luz deflorando a sombra
Sopra a fumaça desse teu cigarro
Pura nicotina disfarçada em suspiro
Lambe meus lábios secos
rasteja pelas minhas coxas e morde o
dolorido e viscoso tesão desses dias
Sem sol...
Vem, geme alto
Vamos acordar os vizinhos
Busca mais do que tu precisas
Desliza tua seda entre meus espinhos
Eriça meu medo
Corta devagar minhas veias
Deixa meu sangue untar tua pele
Vamos encher a tarde de ais e reticências
Usa esse poema sem título para limpar
meu sêmen de tuas coxas
 

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

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8:41 PM  
Anonymous Anonymous said...

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8:43 PM  
Anonymous Anonymous said...

Vim colher dos frutos
Ouvir das vozes
das araras loucas
que gargalham
na tua cabeça
Vim plantar
sementes de canções
em beijos roucos
em olhos líricos
em dedos soltos
Teus dedos cheios
de palavras febris
Feliz =)

8:52 PM  

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