Monday, July 19, 2004

No meu cesto tem uma lima vermelha

No meu cesto tem uma lima vermelha. Doce, invencível, ardorosa, ela mesma:
Ana Carolina!
Uma palavra, um amor incrível, um segredo imenso...
Falar dela é tão impreciso quanto definir o porque de se gostar do cheiro de uma goiaba.
Tu já tentou definir o raio de sol que penetra por entre os galhos dessas árvores de Julho e ilumina esse quadrado de grama nessas ruas frias nas manhãs dessa Porto Alegre que ela não conhece?
Ao pensar nela, eu sempre imagino qual poeta que eu amo a descreveria em versos se a conhecesse... Penso em muitos, lindos, loucos como ela.
Acho Neruda num canto de minha memória reclamando seus beijos de fogo para si...
Sim, Neruda talvez desvendasse o imenso segredo da tormenta vermelha que insiste em me encantar cada vez de um jeito diferente, como se fosse um susto, sempre uma primeira vez, sempre pra sempre...
Ela está linda na moldura antiga da memória afetiva, viva brasa ardente no coração.
Poderia encontra-la mil vezes em mil esquinas no meio de centenas de tulipas vermelhas, ainda assim eu a reconheceria. Se fosse cego ouviria sua voz, usaria sua risada para me guiar através da névoa negra...
Se fosse surdo, colocaria minhas mãos no meu coração e sentiria o ritmo preciso de seu lindo corpo de mulher amada por um amor tão infinito que me emudece, e encanta mais de novo sim de vez talvez me ame essa cor vermelha, esse fruto.
Se fosse mudo, não haveria dificuldade nenhuma, porque ela já sabe...
Todas as musicas mais lindas do mundo cabem na sua partitura...
Uma leoa, uma força, uma onda imensa e espumante que quebra na areia fazendo estardalhaço... Não contente-se em molhar os pés nesse mar de amor maior, nade, deixe-se levar por essa crua e quente cor de fogo.
Por essas tantas razões eu me atiro, me jogo, procuro o fundo, estendo meus braços incrédulos diante dela, uma Brigit, Oya, uma força suprema, um porto onde quem chega não parte.
Tu és assim, viu Mulher de óculos, massa vermelha...
 
 
 

1 Comments:

Blogger Carol Custodio said...

And if we had the chance to get back to the castle we came from, I would take your friendly and lovely arm, and walk through the silver birches and willows. We would talk and laugh and grasp the sundown with our rose dreams, beyond an ocean of hurting and oblivion. We would be, once again, the invincible couple of peasants in golden rags, twirling soundly all over the dry leaves, chating to the ravens. Yes, we would be together in this happy dream, bowing our heads to our royal archer. Lucky us, for this love remained within our youn souls and met again. And in this life again, my friend, I love thee true.

5:07 AM  

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