Wednesday, April 20, 2005

Em tempo

Minha cidade de acolhimento fez aniversário mês passado e eu esperei um pouco para que pudesse escrever algo sobre essa cidade que é muito foda.

Aqui, nesses tempos outonais existe uma luz única, sem igual. Venha para cá em abril, maio ou junho e veja com teus próprios olhos.
Tem aquele friozinho manso e sorrateiro que chega de manhã cedo e vai embora por volta do meio-dia para retornar depois que o sol se põe.
Tem aquele cheiro de lenha queimando num improvável fogão à lenha em uma capital.
Aqui em Porto Alegre, eu:
caminho com os velhinhos do Bom Fim no parque
como o bolinho de bacalhau do Gambrinus
dou risada com Waleska ao telefone
tomo um expresso com Caca no Domingo e ralho com as garçonetes do Café do Porto
compro arenque com nata do rabino
esqueço pacotes de chá em balcões escuros
me deito na toalha estendida por Flávia no parque para chegar à conclusão de que só os gordinhos se exercitam
vou pra escola ouvindo meus cds e pensando no meu coração lá longe, no passo que é fundo
profundo também é o amor
rezo, peço, imploro para que alguns ( senão todos ) dos meus queridos amigos se dignem a descer de
São Paulo, Salvador ou BH pra cá e eu possa mostrar a minha cidade a eles
sento nos inúmeros cafés do meu bairro e tento ler revistas herméticas
sinto muitas saudades

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Se tu não sabe ainda, é bom que saiba: só tem motivo que me impede de aportar alegremente por aí, ainda. Ele é vil e metal, e há de ser resolvido! Tenho dito.

Beijo!

3:15 PM  

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