Monday, August 08, 2005

Um pouco de ansiedade não faz mal a ninguém

Quem me conhece sabe: minha ansiedade é quieta, silenciosa.
Eu me calo, busco refúgio no olhar distante, no silêncio cheio de pedras que muitas vezes te magoa.
Eu venci tanta coisa forte e dura. Caminhei por um chão frio cheio de pontas de espinhos.
Eu sou assim: resistente. Eu sou assim: mole e fraco.
Eu me rendo facilmente às evidências.
Eu mudo de assunto.
Eu chorei em trezentos ombros diferentes. Eu cuspi na rua à noite.
Eu xinguei mil e uma vezes os dias de sol.
Eu triunfei sobre um mar de espumas brancas. Eu chorei na beira da praia.
O coração está feliz e quieto. A saudade não aperta mais, ela rasga os dias em pedaços de tamanhos diferentes.
Eu quase te perdi para a minha indiferença.
Eu vou ter mais cuidado contigo, comigo, conosco.
Eu sou eu sou eu teu eu meu.
Mil metáforas não ilustram o frio seco que eu senti na boca do estômago ao te sentir frio e distante.
Eu já me atirei num abismo fundo sozinho.
Eu levei anos voltando.
Sossegados os suspiros na noite quieta.
Sempre fui um pouco ansioso, um pouco plácido, um pouco imóvel.
Ando preocupado, revoltado, anárquico.
Quero insultar as manhãs frias.
Tem tanto a ser feito, tanta coisa fora do lugar.
Isso não me incomoda.
Nada me incomoda.
Segura na minha mão embaixo das cobertas que eu me calo de amor.

2 Comments:

Blogger Marie Jeanne Sermoud said...

Se ele não casar cum ôcê eu caso!

rs...

Beijo!

6:38 PM  
Blogger Leco said...

estou de volta na rota das visitas.
ao invés de perder tempo no orkut estou exercitando meu tempo no blog.
saudade.

7:57 PM  

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