Tuesday, August 03, 2004

Levo dias voltando...

De volta. De novo de volta...
Aqui na cidade das longas sombras e denso nevoeiro que não me deixou chegar logo, como que insistindo que lá eu devesse ficar. Será que foi um recado?
Meu coração insiste em descobrir significados nas coisas mais absurdas...
Entendi que o lugar mais frio do mundo é o saguão de embarque em Guarulhos nessa madrugada escura e fria. Tu estavas dormindo, pensei eu, colocando mais um blusão e fechando a minha jaqueta de couro.
Voltar é necessário e difícil, a saudade aperta os poros...
Mas volto carregado de afeto, mais amigos, laços, olhares e acolhimento.
Deixei saudades sim, trouxe muita comigo.
Dias solares, plenos, ornados da matéria mais fina e cara aos seres humanos:
amor. Parcerias feitas, criaturas ímpares, pessoas únicas.
Meus amigos.
Há que se falar de todos, sentir todos.
Falo então de um irmão, outro cigano, do povo da lua, da estrada. O dono do sorriso e do segredo: Lemuel. Falar dele é complicado, Lemuel é um cigano. Agora que ele sabe disso, certas coisas farão mais sentido.
O abraço, o carinho, a inteligência e o dom de fazer até o momento mais simples parecer um poema. Amo-te de todo meu coração. Nunca, nunca, nunca esquecerei que tu fostes me resgatar lá de cima e me levou para me despedir da lua...
Falo então de alguém que é feito do mesmo material quente que eu:Gui.
Dividir gargalhadas e uma noite ouvindo Vanessa da Mata será sempre uma das lembranças mais preciosas. Eu e Gui juntos poderíamos facilmente pôr fogo no planeta. Sinto que moramos afastados, mas os Deuses sabem o que fazem...
Deus separa e o Diabo junta ( um ditado que pode nos explicar)
Te amo Bocão, não precisou muito tempo para saber para quem eu poderia entregar meu coração para ser cuidado.
Certos encontros são tramados bem antes de acontecerem, e quando acontecem a gente já sabia que aconteceriam: Gabriella. Os olhos são dois faróis, um temperamento que explica porque que o fogo assusta os mais incautos.
Identificação imediata, mãos na cintura e vamos à luta porque comigo e com ela não se brinca sem se queimar ( ainda bem).
Conheci um homem do século XIX em plena São Paulo do século 21: Guiu.
Um sorriso e uma risada que rasgou a noite Paulistana.
Um lorde que cozinha e recita poesias. Uma tormenta que habita um apartamento de largas janelas. Passamos pouco tempo juntos... Quero mais.
Ronaldo! Bastou um minuto para saber que eu estava em casa. Um beijo grande meu grande homem. Atravessamos uma noite de fogo e fel incólumes (ele não se lembra, mas eu sim). Porque é assim que são os grandes homens: que nem ele.
Balla, eu me olhando no espelho, a voz doce e o sorriso mais quente e taurino que eu já vi na vida. Ela mora lá no cerrado e eu aqui nos pampas. As pessoas de bom juízo ainda podem dormir descansadas. Um dia nos juntamos de novo.
Como falar de Balla sem falar de Tata, linda nos seu momentos soninho e carinha de quero minha cama. Mas o radar atento e sintonizado a tudo e todos capta, sempre com um inteligência Virginiana que pode te assustar. Mas que a mim encantou.
Vitor seu Bagaceiro, CHInelão. Tu és um doce e lindo menino.
Dividir momentos de sushi e cachaça contigo é das melhores coisas que posso me imaginar fazendo.
Marcelo meu velhinho. A família se reencontrando e metendo o pé na porta do destino. Que bom que nós sabemos do que estamos falando né?
Há que se falar também dos rápidos e nem por isso menos intensos encontros:
Lucca encontrou Luca. Um gentleman que tem o doce olhar. Sentei-me com ele sob a luz de uma Blue moon, que luxo, que bom. Não esquecerei jamais.
Teca, com o olhar das mulheres que sabem serem apaixonantes. Tu dormiu aquele dia lá sentada, lembra? Que sonho bonito...
E os encontros inesperados: Érico e seu vivo olhar de Sagitariano antenado, pena que foi somente no final, mas vem mais por aí, pode apostar suas flechas nisso.
São eles: meus amigos.
Não existe língua ou palavras para descrever como foi bom e como será melhor ainda mais da próxima vez.
A você que achou esse texto mal costurado, eu digo: não se costura o amor.
O amor está aqui.
Sim, eu não falei ainda DELE, preciso de mais tempo.
E, a você que não veio me ver, que bom, tive espaço para encontrar minha paixão.
Beijo e me vou porque os amores que aqui habitam reclamam a minha presença.
Ernie e Carol, eram vocês naquelas esquinas cuidando do amor?

5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Meu querido, tua presença aqui foi de fato um presente, com risadas, com carinho, com muita champagne (pois não!).

E é na língua que tu ama que eu fui buscar um verbo de nós dois: cherish!

Beijo saudoso!

7:32 PM  
Blogger Leco said...

preciso ler de novo...
adorei te conhecer.
foi esquisito te encontrar, meio que uma peça do vivaldi.
mas foi ótimo.
beijo.

7:55 PM  
Blogger L. said...

Ciganos nunca estão sozinhos, certo?
Pois então. Não estamos.
Que encontro gostoso, meu querido. Não te largo mais.

9:12 AM  
Blogger Carol Custodio said...

Sim, salabim!
Lá vem você de novo com o Amor todo para cima de nós!
Sim, salabim!
Eu estava à postos, com duas serpentes e uma maçã meio-mordida.

Amo você.

9:31 AM  
Blogger OdeioSopa® said...

Pois as flechas foram lançadas, meu novo amigo!
Aposto nesse nosso reencontro.
Seu carinho pra esse sem-noção que vos tecla foi, e é, imensurável...
Beijo enorme, no coração, bem honesto!!!!

10:00 AM  

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