Saturday, March 19, 2005

Tardes de Sábado são eternas

Eu penso
eu esqueço
eu como mais um pedaço de pão
eu tomo uma xícara de café
eu sei
eu entendo
eu não aceito
eu sento aqui
eu me calo de saudade
eu não tenho paciência
eu não sou doce
eu não sou amargo
eu quero
eu visto tudo de novo
eu volto
eu preciso
eu digo
eu sinto
eu abri tantas portas
eu não sei mais de onde vem esse vento
eu caminho
eu chego sempre antes
eu mordo balas duras
eu mastigo os meus medos
eu tenho medo de dias com vento e chuva
eu sigo
eu deito na cama
eu agora só me deito no meu lado da cama
eu sei que o outro lado é o teu lado
eu gosto
eu lambo o sal da pele dos meus dias
eu esclareço: me morde mais uma vez
eu mostrei o meu
agora mostra o teu

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