Wednesday, August 18, 2004

Flash and crash days

Sentado aqui nessa cadeira eu já visitei vários lugares, experimentei sensações e ouvi absurdos.
Ainda escuto absurdos...
Eu paro e penso em como minhas sensações e palavras são captadas pelos outros, tento lembrar do que Bergman falava sobre a imagem e a palavra...
Eu sou assim, lembra?
Sou exagerado, absurdo, inconsequente e burro!
E quer saber?
Não é você que vai me mudar!
Não queira trazer o seu bom-mocismo para cima da minha calculada dor de Agosto.
Não te pedi sermão nem conselho, se você não aguenta o fogo, afaste-se para esse canto escuro da sua razão de moço elegante.
Não me custa nada te mandar à merda. Nem um pouco. Try me!
Meus dias são amargos e doces, e poderia facilmente dividir brioches de angústia com Ana C. ou Clarice, somente para lembrar duas piras de desejo usualmente citadas em corações apressados.
Plath está na minha mochila esperando para ser lida com gosto de bala velha na boca...
Tu queres tentar me encaixar nessa sua forma diletante. Esqueça.
Sou mais, sou melhor, sou um animal esquisito e maravilhoso, tenho espinhos diz alguém lá longe... Tenho sim, trago-os acorrentados ao peito.
Mas também tenho lindos lilases em volta da cabeça.
Uso-os em dia de missa e sexo entre os lençóis do décimo segundo andar de uma ordinária prisão qualquer em um canto animado da cidade.
Tu beijou a minha boca e vem me dizer que essas coisas acontecem?
Do me a favor, will you?
Sempre fui uma explosão inconsequente, astro louco, como dizia Mario de Sá, aquela bicha complicada como disse aquela sapata.
Hoje eu tenho raiva, tenho pressa, não quero ser entendido.
Só estou cansado de estar errado de acordo com sua cartilha.
E quero ser mais feliz!




1 Comments:

Blogger Leco said...

Onde quer que ela esteja, Dorothy Parker está orgulhosa de você!
Isso mesmo, querido, não dá moleza!

7:42 PM  

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